Quando lembramos de varizes, imediatamente vêm a imagem de uma perna com vasos grossos e vasinhos levando a uma aparência feia. Mas a doença venosa que causa as varizes é muito mais que apenas uma questão estética.
Segundo dados estatísticos, o problema acomete até 73% das mulheres e até 56% dos homens, no mundo todo. Os sintomas, como peso, dor, cansaço, coceira, queimação, cãibras e inchaço das pernas, aparecem em até 88% das mulheres com varizes.
Os vasinhos também podem ter sintomas relatados, como queimação local e coceira e já sinalizam que há problema na circulação. O diagnóstico do problema passa pela consulta médica e pelo exame de ultrassom doppler venoso, que acusa refluxo.
Devemos ter em mente que além da repercussão na aparência, as veias dilatadas podem causar complicações sérias! São elas:
Dermatite Ocre

A dermatite ocre acontece com a evolução da doença venosa, que é crônica (estará sempre presente) e é progressiva (vai piorar com o tempo). Devido à dilatação das veias parte do conteúdo do sangue, como as hemácias, saem dos vasos e o ferro presente na hemácia acaba sendo depositado na pele, causando a coloração acastanhada, ocre, na pele.
Além das hemácias outras substâncias do sangue vazam dos vasos dilatados e com o tempo, por serem tóxicas para a pele, estas substâncias vão lesionando a pele.
2. Úlcera venosa

A úlcera venosa é uma ferida que dificilmente cicatriza, ou que recorre várias vezes. Está presente nas pernas dos pacientes que sofrem com varizes já em estágios avançados da doença venosa crônica.
A úlcera traz inúmeras consequências às pessoas que sofrem com ela, sejam socias, com danos inclusive emocionais, sejam clínicos com dor, mal cheiro, secreção, infecções e mais.
3.

A tromboflebite e a trombose ocorrem quando o sangue coagula dentro da veia e causa uma inflamação local. o perigo da tromboflebite é que quando ela ocorre em veia próxima do sistema profundo, pode acontecer que um pedaço do coágulo (trombo) desprenda-se e viaje pela circulação podendo causar um quadro grave e potencialmente fatal, a embolia pulmonar, por exemplo!
Graças aos avanços tecnológicos, hoje dispomos de vários métodos de tratamento, desde os mais tradicionais e invasivos, como a cirurgia em que se remove a veia safena até métodos menos invasivos como a cirurgia com laser ou radiofrequência até a moderna técnica da espuma, guiada pelo ultrassom.
Sobre cada método, podemos destacar:
1. Cirurgia convencional: Trata-se da remoção cirúrgica, através de, ao menos, dois cortes na pele, da veia safena doente. Deixa cicatrizes e necessita, além da internação, de um período de recuperação maior.
2. Cirurgia com Endolaser ou Radiofrequência: Trata-se de uma técnica minimamente invasiva, já que através de uma pequena incisão e por meio de um cateter um dispositivo é colocado dentro da veia, e sob vigilância do ultrassom, dispara energia que aquece e oblitera a veia doente. Recupera-se mais facilmente e mais rapidamente neste caso.
3. Espuma ecoguiada
Ainda menos invasivo e com a possibilidade de ser feita em consultório médico especializado, conseguimos obliterar a veia doente injetando um medicamento (que se assemelha a uma espuma) na safena, com retorno às atividades imediatamente após o tratamento, sem necessitar internação ou afastamento das atividades laborais.
4. Técnica MOCA
Também uma técnica minimamente invasiva, feita através de um pequeno furo na pele. O Ultrasssom é usado para identificar a Veia Safena a ser tratada. Usando uma combinação de lesões, mecânica e química, a veia é fechada. Pode ser feita no consultório médico e não requer qualquer período de afastamento do trabalho.
Qual o melhor método?
Será aquele que seu cirurgião vascular, em conjunto com você, definir, visando necessidades e expectativas pessoais.
Portanto, ao menor sinal de problemas, como o aparecimento dos vasinhos, por exemplo, consulte o cirurgião vascular para que o tratamento se inicie já nas fases iniciais.
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